Jorja Smith - A voz da nova geração

Com influências de Amy Winehouse e Sade, Jorja Alice Smith nascida em 11 de junho de 1997 no Reino Unido, vem sendo considerada a Lauryn Hill da nova geração.
Influenciada por seu pai Peter de origem jamaicana ex integrante de um grupo de neo-soul, Jorja começou a aprender piano aos 8 anos e mais tarde recebeu bolsa para estudar na Aldridge School onde aprendeu também a tocar Oboé, e estudou canto clássico. Mas seu talento teria sido mesmo descoberto por sua mãe Jolene que é designer de joias, que a levava para igreja quando criança e viu que a filha soltava a voz durante os cultos, embora ela não curtisse muito ir à igreja.

E aos 11 anos Jorja já compunha suas primeiras canções. E a música se tornou mesmo algo sério para ela quando aos 15 anos ela comprou um mackbook e usando o programaga Garageband fazia produções de coveres de algumas músicas para postar no youtube, até ser descoberta por um agente. E então ela começou a fazer viagens à Londres para compor ao lado Maverick Sabre e Ed Thomas, enquanto ainda estudava.

Recem formada aos 18 anos, Jorja se mudou para casa de seus tios em Londres, deixando a casa de seus pais e seu irmão na cidade onde nasceu. E passou a trabalhar servindo cafés no starbucks para se manter na cidade. E durante seu tempo livre ela continuava compondo e divulgando seus trabalhos online no youtube e soundcloud.

E no início de 2016 Jorja lançou em sua conta no souncloud o single "Blue Lights", que sampleia a canção "Sirens" de Dizzee Rascal, e leva uma forte mensagem sobre a violência policial e questões raciais. Assunto em que ela vem se posicionando cada vez mais, e conta que desde cedo foi conscientizada sobre sua cor pelo seu pai, que sempre deixou claro, que ela não seria tratada como uma pessoa branca e que as coisas poderiam ser mais difíceis para ela.

E logo no primeiro mês de lançamento na plataforma, o single recebeu diversos plays. E devo dizer que é uma das minhas músicas favoritas até hoje! E havia até ganhado um videoclipe, mas quando foi lançado novamente no seu primeiro álbum de estreia que vou falar à respeito mais pra frente, a música acabou ganhando outro clipe. E quanto ao clipe anterior, ele foi restirado de sua conta no youtube, e eu nem se quer consegui encontrar ele pra colocar no vídeo.

E ainda de forma amadora, "Where Did I Go" também lançada no soundcloud no mesmo ano, chegou aos ouvidos de Drake. E sendo convidada pelo rapper a fazer parte de uma parceria na música "Get It Together", Jorja não aceitou o convite, pois não achou que a música representava suas palavras e afirmou que nem sabia do que a música realmente falava. Mas um ano depois ela acabou colaborando em duas músicas do álbum "More Life" de Drake, que rendeu até um rumor de um suposto romance entre os dois.

Mas ainda em 2016, Jorja lançou seu EP de estreia, com quatro faixas intitulado "Project 11". E à essa altura ela já havia ganhado uma certa visibilidade, e ficou entre as artistas promissoras na lista da BBC Music.

E em 2017 Jorja Lançou o single "Beautiful Little Fools" no Dia Internacional das Mulheres, uma canção inspirada pelo livro "O Grande Gatsby", romance de Francis Scott Fitzgerald, ao que a personagem principal, Daisy desejava que sua filha fosse uma "uma bela e pequena boba", para que ela não viesse a sofrer nesse mundo. E é também uma reflexão sobre os padrões de beleza exigidos na sociedade, que são impostos para as mulheres.

E 2017 foi um ano bastante produtivo para ela, e rendeu uma participação na turnê do Bruno Mars como atração de abertura da 24K Magic World Tour. Além de colaborar com a Kali Uchis na música "Tyrant". E então o single "Teenage Fantasy", veio em junho com a forte mensagem de que, quando somos adolescentes nós precisamos de uma fantasia, como gostar muito de alguém e então perceber que nem era o que a gente realmente queria. E também é uma das minha músicas favoritas dela.

Em 2018  após a pareceria com o rapper Stormzy na música "Let Me Down", Jorja também cantou na faixa "I Am" na trilha sonora do filme Pantera Negra, feita por  Kendrick Lamar. Mas não se limitando apenas em lançamentos de singles e parcerias, "Lost & Found" foi lançado no mesmo ano, e continha músicas que ela havia vindo escrevendo em um período de 5 anos. E em seu lançamento, o álbum alcançou o top 5 do Reino Unido, recebeu três Brit Awards e a nomeação de um Grammy na categoria de artista revelação, e ficou em terceiro lugar na lista de discos mais vendidos no Reino Unido.

E a turnê de divulgação do álbum passou pela Europa, e Nos Estados Unidos contou com a "The Kali & Jorja Tour", com 18 shows entre abril e maio de 2019, que era em conjunto com a Kali Uchis. E ainda pela america do norte, ela passou no Brasil e se apresentou no Lollapalooza em São Paulo, também em 2019 no palco da Adidas.

O album tem bastante de suas influências, mas Jorja não gosta muito de rótulos e disse que apenas "soa como Jorja". E ela também gosta da liberdade de poder criar tudo à sua maneira fazendo o que mais ama. E por isso ainda é uma artista independente sem ter assinado contrato com uma gravadora, apenas contando com seu time. E declarou:

"Desde que ninguém me diga que estou com dívidas, e ainda posso pagar meu aluguel e alimentar meu cachorro, então estou bem. E me alimentar, é claro. Eu sou boa com o meu dinheiro, então não estou realmente preocupado com isso."

E em quesito de moda, Jorja também está por dentro. E em 2018 passou a ser convidada para ir em eventos de marcas de Luxo como: Gucci e Chanel.
Se apresentou no jantar da Bulgari durante a semana da moda de Paris e, participou da festa pré-Natal da Tiffany & Co. , em Londres. E também se tornou o rosto da Nike Air Force, lançando uma campanha sob o slogan "A Força é feminina", ressaltando o poder feminino que ela tem agora, mas na adolescência não era bem assim.

"Todos os meus amigos eram brancos, eram todos magros e tinham cabelos longos. E eu não queria ter lábios grandes ou um bumbum grande. Na escola, você está tão confinado a um espaço pequeno, e os meninos gostavam das meninas loiras e eles não gostavam de mim. Mas está tudo bem, eu superei isso."

Ela também defende suas origens humildes e inclusive, ela ainda trabalhava no starbucks, mesmo tendo colaborado com Drake em 2016, e ter recebido a exposição que a lançou no estrelato naquela época. E mesmo assim, ainda hoje ela não se considera famosa.

"Eu não sou famosa. Famoso é como Rihanna. Eu não sou Rihanna. Eu tenho muito trabalho a fazer. Eu gostaria de ter sucesso. E ser feliz."

E ela também declarou que no momento só quer voltar a escrever mais músicas para poder lançar mais álbuns.

Seu lançamento mais recente é a participação na música "Kiss me in the morning" na trilha sonora da série original da netflix "The Eddy".

E eu realmente fico muito feliz de ter acompanhado a Jorja desde o primeiro single que ela lançou, e também pelo fato de que ainda tenha música boa sendo feita na nossa geração.


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Jorja Smith - A voz da nova geração Jorja Smith -  A voz da nova geração Reviewed by Jeciane Cruz on maio 29, 2020 Rating: 5

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